sábado, 30 de agosto de 2008

Frases do povo

Tava em casa vendo umas coisas antigas que tenho aqui e me deparei com essas frases que a maioria das pessoas usa e nem sabe porquê!
Aqui vão umas explicações, no mínimo, plausíveis:

LEVANDO NAS COXAS.
As primeiras telhas usadas nas casas aqui no Brasil eram feitas
de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da
África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as
telhas ficavam todas desiguais devido as diferentes tipos de coxas.
Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

VOTO DE MINERVA.
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da
mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à
deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu.
Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANA.
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a
menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente
mandavam no país
costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro,
cuja proprietária se chamava Joana.
Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase
casa da mãe Joana ficou conhecida como
sinônimo de lugar em que ninguém manda.

CONTO DO VIGÁRIO.
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa
como presente.
Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os
vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro.
O negócio era o seguinte:
Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho
teria que caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa.
E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram
que um dos vigários havia treinado o burro.
Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de
falcatrua e malandragem.

FICAR A VER NAVIOS.
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de
Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do
monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em
Lisboa, para esperar pelo rei.
Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

NÃO ENTENDO PATAVINAS.
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que
falavam os frades italianos patavinos,
originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina
significava não entender nada.

DOURAR A PÍLULA.
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado,
para melhorar o aspecto do remedinho amargo.
A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

SEM EIRA NEM BEIRA.
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes
que conferiam status ao dono do imóvel.
Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura.
Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está
sem grana.

O CANTO DO CISNE.
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer.
A expressão canto do cisne representa
as últimas realizações de alguém.

comentários:

Poxa!Sinceramente...muito interessante mesmo!Que saber o histórico das frases feitas que tanto são conhecidas por nós mas não sabendo realmente o "significado" delas...muito BOM mesmo!